Após mais um caso de agressão verbal e quase física, presidente da Câmara de Feira, Eremita Mota, vai recorrer à Delegacia da Mulher
17 ago 2023
| 12:33h | NotíciasApós mais um caso de agressão verbal e quase física, presidente da Câmara de Feira, Eremita Mota, vai recorrer à Delegacia da Mulher
Vítima de mais uma agressão verbal em pleno exercício da presidência da Câmara, a vereadora Eremita Mota anunciou na abertura da sessão de hoje (17), em pronunciamento na Tribuna Maria Quitéria, que irá recorrer à Delegacia da Mulher (DEAM). O discurso foi feito 24 horas após ela ter sido hostilizada no plenário da Casa da Cidadania, desta vez por parte do vereador Edvaldo Lima.
Segundo a presidente, ela vai registrar um boletim de ocorrência na Deam e exigir da Polícia Civil as devidas medidas legais. "Sentarei na porta, com vídeos e outras provas, até ser atendida, para reivindicar das autoridades os meus direitos enquanto mulher e cidadã feirense", afirmou.
As imagens da mais recente ocorrência, que estão repercutindo na Bahia e até em nível nacional, mostram o 3º secretário da Mesa Diretora e também pastor de igreja evangélica, dedo em riste e aos gritos, intimidando a presidente e praticamente esfregando um papel no rosto dela. Eremita anunciou que irá denunciar Edvaldo também junto à Corregedoria, assim como qualquer outro colega que tente intimida-la ou lhe faltar o respeito como mulher, como vereadora e cidadã.
“Não vou me intimidar com esse comportamento agressivo e misógino. Alguns querendo ou não, eu faço parte da história dessa Câmara, como a primeira mulher a comandar o legislativo da maior cidade do interior da Bahia. Vou honrar esse lugar e continuar a lutar por igualdade e por respeito”, explicou.
A presidente da Casa afirmou ainda que vai continuar "firme e forte" em seu propósito. "Vamos denunciar irregularidades, cobrar posições mais firmes e brigar pela melhoria da minha cidade, além de comandar a Câmara com respeito e humildade”, desabafou.
Entenda o caso:
O vereador Edvado Lima partiu para a agressão contra a presidente da Casa da Cidadania, quando ela levou a público um débito de R$ 8,3 milhões do prefeito Colbert Martins Filho junto ao Instituto de Previdência do Município, onde a filha do vereador Edvaldo Lima é gestora.