A Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres inaugurou o Núcleo de Ressocialização Transformando Caminhos na tarde da última quarta-feira (6). A iniciativa visa ressocializar homens autores de violência e/ou em conflitos com a lei.
Para cumprir com o objetivo, o órgão ofertará atendimento multidisciplinar, com uma equipe composta por assistentes sociais, psicólogos, pedagogos e terapeutas ocupacionais.
"Vamos promover tratamento qualificado para o homem que até então era considerado um agressor, porém precisa ser ressocializado. A punição perante a lei é necessária, pois para cada ação existe uma reação, contudo, após esse homem ser devolvido à sociedade, ele precisa melhorar e assim ele terá o nosso acolhimento", afirmou a secretária de Políticas para as Mulheres, Gerusa Sampaio.
Os assistidos serão encaminhados por órgãos responsáveis por atuar no combate à violência, como a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), Vara de Proteção a Mulher, e o setor jurídico da Secretaria da Mulher. Conforme a secretária, a expectativa é que o órgão contribua para a redução dos índices de agressão e violência contra as mulheres.
"A violência não pode ser reverberada, e sim tratada. O nosso propósito é reestruturar esses indivíduos para que eles possam ter uma vida digna e saudável. Um homem que agride precisa de um acompanhamento psicológico e terapias para descobrir aquelas lacunas do passado, qual a mágoa que ele vem guardando, o por quê ele está reproduzindo essa violência, e assim a combatemos", pontuou.
Estiveram presentes na inauguração membros da rede e movimentos sociais ligados à pauta. A psicóloga Waleska Naura, membro do núcleo, destacou a necessidade do homem refletir sobre o próprio comportamento e o processo de desconstrução.
“O objetivo do projeto é trazer uma reflexão para que o homem reconheça seu comportamento agressivo, ponderando sua responsabilização no ato da violência, seja essa física, psicológica, moral, patrimonial ou sexual. É um processo de desconstrução dessa identidade preestabelecida e a ressignificação do seu modo de ser”, pontuou a psicóloga.
A iniciativa tem o apoio da Prefeitura de Feira de Santana, por meio da Secretaria de Políticas para as Mulheres e é estabelecida na Lei Municipal 3790/2017.