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Por João Mascarenhas

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49 pacientes de várias regiões da Bahia foram atendidos em mutirão de transplante renal no Hospital Dom Pedro neste final de semana

28 abr 2024

| 08:54h | Notícias
49 pacientes de várias regiões da Bahia foram atendidos em mutirão de transplante renal no Hospital Dom Pedro neste final de semana

Uma esperança, a chance de recuperar a minha saúde. A fala partiu de Carla de Jesus Ramos, moradora de Várzea Nova e uma das pacientes em tratamento de hemodiálise em busca por uma vaga na fila do transplante renal. Carla está entre os 49 pacientes atendidos no mutirão pré-transplante realizado neste sábado, 27, pela Santa Casa de Feira de Santana.


A instituição é mantendora do Hospital Dom Pedro de Alcântara, um dos principais centros transplantadores da Bahia. Durante todo o dia, os pacientes de várias regiões do estado foram atendidos no mutirão que possibilita o encaminhamento deles para a fila do transplante renal. A maioria enfrenta doenças renais crônicas.


A nefrologista Fernanda Albuquerque explica que o mutirão foi pensado para dar as melhores condições de indicação do paciente para a fila do transplante. “Eles passam o dia inteiro com a gente, fazem todos os exames necessários e já passam por consulta médica. A ideia é facilitar o acesso e que, desta forma, eles tenham acesso mais rápido à lista de espera”, destaca a médica, que é coordenadora do serviço de transplante da Santa Casa de Feira.

Antônio da Silva de Oliveira, morador de Cansanção, está em tratamento de hemodiálise na cidade de Euclides da Cunha há dez anos. Ele conta que o mutirão pode ser a nova chance de ganhar um rim novo. “Muda muita coisa na vida da gente ter saúde”, afirma. Há anos, Antonio não pode trabalhar: “além da tontura, sinto muito cansaço”, relata.

Todos os pacientes foram submetidos a exames laboratoriais, ultrassons diversos, eletrocardiograma, raio X, ecocardiograma e passaram pela consulta com a médica nefrologista, além da avaliação com a enfermeira e a assistente social.

“Com todos os exames prontos fica muito mais fácil e ágil ativá-los na lista de espera do transplante renal”, defende a doutora Fernanda Albuquerque. É uma forma de garantir um acesso mais rápido e humanizado a estes pacientes que, em geral, precisam viajar por oito, nove ou dez horas somente para fazer os exames, explica a médica.


Referência em transplante renal, a Santa Casa de Feira de Santana presta assistência a pacientes de 18 clínicas referenciadas – cada uma delas localizada numa macrorregião do Estado. Tem gente que veio do norte, da Chapada Diamantina e até mesmo do sul. “Aqui recebemos pessoas oriundas de mais de 100 municípios de toda a Bahia”, atesta Karina Ataíde, supervisora do serviço.

Desde a implantação do serviço, no ano de 2015, a Santa Casa de Feira de Santana já realizou 409 transplantes. Em 2023, foram 29 cirurgias transplantadoras.

Fonte: Ascom, Lineia Fernandes e fotos 



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