Um vilão comum do estouro de consumo é o vazamento não aparente: aquela perda de água sem deixar rastros e que pode estar escondida embaixo do piso, em descarga danificada, chuveiro pingando, tubulação rompida por raiz de planta e até rachadura em reservatório.

Vale ressaltar que a Embasa é responsável pelo fornecimento até o hidrômetro e os técnicos não entram nos imóveis para verificações internas.  Contratar um especialista de confiança pode ser fundamental para identificar rápido o problema, mas é possível realizar antes alguns testes caseiros como:

Fechar todas as torneiras de casa e não utilizar vaso sanitário. A pessoa deve anotar a numeração do hidrômetro e aguardar ao menos uma hora. Caso a leitura tenha mudado, é sinal de vazamento interno.

Colocar um pequeno pedaço de papel higiênico na lateral do vaso sanitário. Se o papel umedecer, é sinal de vazamento interno.

Prender a boia do reservatório interno, fechar a entrada de água para o equipamento e marcar o nível que a água está. Se após algumas horas o nível estiver baixado, é sinal de vazamento interno.

Hidrômetros, devo confiar?

Os hidrômetros são aparelhos de alta precisão, certificados pelo Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro) para contabilizar o consumo de água dos imóveis. Diferente do que muitos pensam, ao longo dos anos esses equipamentos podem medir menos do que o consumo real. Por isso, periodicamente a Embasa precisa substituir esses aparelhos.

Caso o usuário tenha feito todas as inspeções internas e não identificar a razão pelo aumento da conta, ele deve procurar a Embasa através dos canais de atendimento 0800 0555 195, atendimentovirtual.embasa.ba.gov.br, WhatsApp (71) 9717-0999 ou pontos de atendimento presencial. 

Se for possível, deve também apresentar no momento do atendimento uma foto do hidrômetro ou anotar os números pretos (a parte de cima, do contador) e a data desta coleta. Isso facilitará a projeção do consumo e a agilizará análise do caso.

No dia do Encanador celebrado nesta sexta-feira (27), profissional dá dicas para identificar e resolver o problema

A fatura da Embasa chegou e o valor veio muito mais alto do que o habitual? Se não houve mudança no padrão de consumo do imóvel (como a chegada de um novo morador ou uma visita mais prolongada, ou uso da água para uma reforma ou construção, por exemplo), este pode ser um alerta de que existe algum vazamento oculto na rede hidráulica interna.  No Dia do Encanador, celebrado na sexta-feira (27 de setembro), trazemos dicas do profissional que é fundamental em para descobrir os vazamentos ocultos na rede interna doméstica. Por serem invisíveis e difíceis de detectar, eles são verdadeiros vilões dos aumentos abruptos no valor da conta de água. 

“Como a responsabilidade da Embasa se limita até o ponto de entrega da água, ou seja, o hidrômetro, a empresa não pode entrar na casa dos clientes. Mas o encanador particular, sim! É ele quem investiga a sua rede hidráulica interna, identifica os vazamentos e recomenda os consertos necessários para sanar o problema”, pontua João Ricardo Souza, gerente de Relacionamento com Usuários.

Para o encanador Alan dos Anjos, uma das principais dicas antes de buscar uma ajuda especializada é ficar de olho no hidrômetro. “Logo ao acordar, antes de abrir qualquer transmissão de água, vá olhar o hidrômetro. Se os registros estão todos fechados e o ponteiro está girando é porque existe vazamento”, indica. No ramo há mais de sete anos, Alan conta hoje com uma equipe de cinco funcionários.

A empresa especializada em caçar vazamentos internos realiza uma média de 80 atendimentos mensais e um dos principais aliados nas buscas é o geofone, aparelho que, através dos ruídos, identifica as movimentações da água atrás de paredes e embaixo de pisos. “Fazemos uma varredura completa no imóvel e identificamos o ponto exato do vazamento, evitando que o cliente quebre pisos ou revestimentos no lugar errado e, consequentemente, reduzindo o prejuízo para o morador”, afirma o profissional.  

Negociação do débito | Quando ocorrem por debaixo do chão ou no interior das paredes, sem que o morador perceba, os vazamentos ocultos podem se tornar sinônimo de dor de cabeça. Por não serem visíveis, fica mais difícil a identificação do ponto exato do vazamento para a correção devida. Manchas de humidade na parede, caixas d’água, descargas e torneiras pingando ou emitindo ruídos atípicos também podem ser sinais de prejuízo e desperdício. 

Conforme determinação da Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa), a responsabilidade da Embasa se limita até o ponto de entrega da água, ou seja, o hidrômetro. Após este ponto, a responsabilidade da correção de vazamentos dentro do imóvel é de responsabilidade do usuário. 

A simulação do pagamento da dívida pode ser feita no Atendimento Virtual Embasa (https://atendimentovirtual.embasa.ba.gov.br), que permite que cada usuário simule as formas de pagamento e organize a melhor forma de quitação de acordo com sua conveniência e capacidade de pagamento.

“Se ainda assim não houver viabilidade de pagamento, o cliente pode entrar em contato com os canais de atendimento, informar que houve um vazamento interno e apresentar uma solicitação formal de revisão da conta, explicando o ocorrido com imagens e demais documentos comprobatórios, para posterior análise e identificação de alternativa que se encaixe à sua necessidade do cliente”, afirma Thalita Vieira, gerente comercial da Embasa.

 Foto matéria  : Ascom/Embasa