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Por João Mascarenhas

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BISPADO E ARQUIDIOCESE: SEIS DÉCADAS DA IGREJA CATÓLICA DE FEIRA DE SANTANA

28 mai 2025

| 04:03h | Notícias
BISPADO E ARQUIDIOCESE: SEIS DÉCADAS DA IGREJA CATÓLICA DE FEIRA DE SANTANA

A coluna Feira em História, assinada pelo jornalista Zadir Marques Porto, traz fatos históricos e curiosos sobre a cidade

Nascida com extrema devoção à Senhora Santana, a hoje metropolitana Feira de Santana, desde a pequena capela do lugarejo construída pelo casal Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandoa, nas terras da Fazenda Olhos D’Água, no século XVIII, alicerça-se na fé para o progresso. A bela e histórica Igreja Matriz, elevada a Catedral Metropolitana de Santana, sempre contou com extremosos párocos e, a partir da criação da Diocese, ganhou o primeiro bispo em 1963.

A Arquidiocese de Feira de Santana, titulada por Dom Zanoni Demettino Castro, foi precedida pelo Bispado, instalado em 26 de janeiro de 1963, fruto da criação da Diocese pelo Papa João XXIII, em 21 de julho de 1962. Antes dele, contou com três outros líderes da Igreja Católica que cumpriram com absoluta responsabilidade e denodo a importante missão. Em 1963, assumia a função de bispo Dom Jackson Berenguer Prado, nascido em Tucano, município da região sisaleira, portanto o primeiro sacerdote a ocupar o posto, com relevante papel nessa transição.

Foram de Dom Jackson, pertencente ao clero diocesano, algumas importantes iniciativas, como a implantação do Centro de Treinamento de Líderes, antes denominado Seminário Menor da Diocese, a edificação do Artesanato Diocesano, residência de religiosos procedentes da Itália e do Brasil, além de manter escolas. Em 1971, após oito anos de trabalho na Cidade Princesa e mediante "aponte sua", que significa "pedido seu", ou por desejo próprio, Dom Jackson foi transferido para a Diocese de Paulo Afonso, na região norte do estado.

Sucedeu-lhe, a partir de 20 de maio de 1973, Dom Silvério Jarbas Paulo de Albuquerque, da Comunidade dos Frades Capuchinhos. Ele era superior dos Frades Franciscanos no Convento de São Francisco em Salvador, com o título de “Guardião”. Durante 22 anos, Dom Silvério esteve à frente da Igreja Católica em Feira e, obtendo da Santa Sé a aprovação ao seu pedido de renúncia, foi consagrado como Bispo Emérito de Feira de Santana, tornando-se ainda capelão do Asilo Nossa Senhora de Lourdes.

Nascido em Olindina, Pernambuco, em 11 de março de 1917, com estudos fundamentais no Colégio Marista, em Recife, e posterior conclusão na Alemanha, para onde foi em 1933, Dom Silvério foi ordenado sacerdote em 30 de maio de 1942. Antes de vir para Feira de Santana, ocupou cargos relevantes na Igreja Católica, em Campina Grande, na Paraíba, e em Salvador. Em 17 de março de 1970, foi eleito bispo de Caetité, na Bahia, e de lá foi transferido para Feira de Santana, em 1973, onde permaneceu mesmo após a renúncia, contribuindo muito com seu trabalho em importantes obras. Dom Silvério faleceu em agosto de 2014.

Gaúcho de Roca Sales, onde nasceu em agosto de 1940 e pertencente ao clero regular da Ordem dos Frades Capuchinhos, Dom Itamar Vian realizou os estudos de primeiro e segundo graus no seminário do Rio Grande do Sul e fez seus votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência na Ordem Religiosa dos Frades Capuchinhos na Província do Rio Grande do Sul. Em 1º de dezembro de 1968, foi ordenado sacerdote por Dom Ivo Lorscheiter. Depois de um intenso trabalho nos diversos cargos ocupados, foi consultado, em 1980, pela Nunciatura Apostólica do Brasil para aceitar o bispado, do que declinou, considerando-se indigno. Todavia, em 1984, com a vacância do cargo em Barra, na Bahia, e diante da real situação daquela comunidade, considerada muito carente, aceitou o convite formulado pela Ordem Episcopal da Nunciatura Apostólica. Assim, em 8 de abril de 1984, foi sagrado bispo em Caxias do Sul, assumindo o posto no município baiano de Barra.

Em Feira de Santana, a partir de maio de 1995, mostrando-se de maneira célere e perfeitamente entrosado com a população, desenvolveu amplo trabalho criando novas paróquias e ampliando o diálogo com a comunidade, através dos meios de comunicação — rádios e jornais —, lançamento de crônicas e vários livros de sua autoria, com interessantes mensagens “a serviço da vida, da cidadania, da família e da palavra de Deus”, como ele mesmo assinala. Dom Itamar foi o primeiro arcebispo de Feira de Santana e hoje, “Cidadão Feirense”, título outorgado pela Câmara Municipal, é arcebispo emérito da Arquidiocese de Senhora Santana. Dom Zanoni Demettino de Castro é o atual arcebispo, liderando a Igreja Católica local.

Por Zadir Marques Porto




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